2015
Como poderei livrar-me da minha pele?
Da minha roupa de cada dia?
Não nasci nua
Nasci vestida de pele
Essa mesma que carrego desde o ventre
Com células remanescentes
E outras renovadas
A mesma que carregarei até o
Instante
Em que os sentidos se apagarão
E no silêncio do escuro
Restará de alimento a outros espíritos
Selvagens
Pele
Reduto de memórias
Toco, tateio
Minhas marcas
Olho a palma da mão
O dedo do pé
Mapa de estrelas
Pintas
Encruzilhadas
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