sábado, 23 de julho de 2016

2014

Vejo pessoas no ar
Construo cenas no vazio
Eu fantasio
Falo com as paredes
Danço pro espelho

Vou levando a vida de fora
E a vida de dentro

Finjo ser borboleta
Me fecho em meu casulo
Onde posso ser o que quiser
Fico a imaginar o céu azul
A liberdade do azul
Crisálida,
Aos poucos vou metamorfoseando
Espero, só, o momento de abrir-me ao mundo
Enquanto isso, sinto o sol
Amadurecer-me

Do lado de fora
Não há ilusões ou expectativas

Vejo pessoas na rua
Cenas se constroem diante dos meus olhos
O espaço é cheio, completo

Sou preenchida
Memorizo o cheiro das plantas

As asas se formam
Voo livre, calma
Tenho um dia inteiro de vida

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