Se achegue cá, tatu
Que quero te ver bunito
Venha e traga frutas vermelhas ou roxas
Doces e suculentas
Pra encher as gengivas desse gozo fortificado
Pois traga também palavras bem selecionadas
E prepare a língua, meu amor
Que já anseiam meus ouvidos
Por tua voz grave ruborizada em versos roubados
De caroços alheios
Canta o cântico dos enamorados
Me encanta com a melodia do fundo
Do poço primevo
Onde fervem, pois, os teus versinhos pequetitos
Milimétricos
E depois ainda,
À conta-gotas
Sussurra-me nas orelhas eriçadas
A medida – fonte abrupta – do teu desejo
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