Desbravo meu corpo com o teu
Descubro a flor que sou e
Desabrocho em tuas mãos
Desterra-se o solo que contém meus pés
Descentraliza o eixo que me mantém sobre as pernas sem tombar
Tremo
Caminho sobre o desconhecido
Desconheço o caminho das tuas léguas
E por isso mesmo exploro o território das tuas pintas
Até pintar tua cama de vermelho em sonho
Desatina, flor
Enlouquece as minhas beiradas
Desmancha as minhas certezas tolas
Faz do meu céu da boca o topo do teu desejo
Com a tua linguística transbordante
Dos des que desarrumam meu cabelo
Instaurando a desordem deliciosa do transe
Nenhum comentário:
Postar um comentário