Viver é caos
Me perco na minha desordem existencial
Sei por algum motivo fundo que sou
Quem devo ser
Quem já sou
Tá nas estrelas
A vontade de virar lama
Não é preciso definir ou entender
Mas é preciso ser sincera
Com o turbilhão luminoso que se emaranha dentro de mim
Minha cara cada vez mais estranha diante do espelho
Estou mudando?
Pra onde seguir?
O que quero?
O que me faz sentir a criança que me habita?
É preciso colocar pra fora em corpo em traço em som
A liberdade a melancolia
Meus pulsos impulsos expulsos de mim em cor
Me reconheço no outro e me misturo com ele
E de repente
Me descolo de mim
Eu sou
Eu sou o sol indomável
Eu sou o espírito livre
Eu sou o berro e o riso mais fundo que há
Que sai da minha garganta arranhando
Extravasando tudo
E chega ao mundo grunhido
E então percorre as noites tilintantes
Escapando de mim risonho
Sonha a cabeça dos dormintes
E pinga da pia do céu iluminado de raio
Serena é a chuva que cai de fininho
Eu sou tudo e todos
Eu não sou nada
E não é isso mesmo ser deus?
sexta-feira, 28 de outubro de 2016
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
Desbravo meu corpo com o teu
Descubro a flor que sou e
Desabrocho em tuas mãos
Desterra-se o solo que contém meus pés
Descentraliza o eixo que me mantém sobre as pernas sem tombar
Tremo
Caminho sobre o desconhecido
Desconheço o caminho das tuas léguas
E por isso mesmo exploro o território das tuas pintas
Até pintar tua cama de vermelho em sonho
Desatina, flor
Enlouquece as minhas beiradas
Desmancha as minhas certezas tolas
Faz do meu céu da boca o topo do teu desejo
Com a tua linguística transbordante
Dos des que desarrumam meu cabelo
Instaurando a desordem deliciosa do transe
Descubro a flor que sou e
Desabrocho em tuas mãos
Desterra-se o solo que contém meus pés
Descentraliza o eixo que me mantém sobre as pernas sem tombar
Tremo
Caminho sobre o desconhecido
Desconheço o caminho das tuas léguas
E por isso mesmo exploro o território das tuas pintas
Até pintar tua cama de vermelho em sonho
Desatina, flor
Enlouquece as minhas beiradas
Desmancha as minhas certezas tolas
Faz do meu céu da boca o topo do teu desejo
Com a tua linguística transbordante
Dos des que desarrumam meu cabelo
Instaurando a desordem deliciosa do transe
domingo, 9 de outubro de 2016
A todos os afetos nutridos
Por mais que confusos
Por mais que atados ao medo
Saber desatar os nós que embrulham o estômago
E me fazem enganar a mim mesma
Ando em círculos
Te procuro e me perco
Perdoa
Se te maltratei foi porque me maltratei primeiro
E nenhum de nós merecia
Ainda lembro de um quarto rosado toda vez que escuto radiohead
E então eu danço
Não há mais nada que se possa fazer
Por mais que confusos
Por mais que atados ao medo
Saber desatar os nós que embrulham o estômago
E me fazem enganar a mim mesma
Ando em círculos
Te procuro e me perco
Perdoa
Se te maltratei foi porque me maltratei primeiro
E nenhum de nós merecia
Ainda lembro de um quarto rosado toda vez que escuto radiohead
E então eu danço
Não há mais nada que se possa fazer
sábado, 8 de outubro de 2016
De tudo que restou de mim
A inquietude das palavras trôpegas
Me move adiante aos mistérios sem fim
O universo é só um ponto engasgado na minha garganta
Tenho sede de intensidade
E um sossego interrompido de pressa
A ansiedade é uma hidra
Corta uma cabeça cresce outra
Ligar as constelações que brilham em mim
Tecer um manto de desejos
Pra me encolher nos dias chuvosos
A imaginação é maior que o cosmos
Navego numa jangada o hiper-espaço
Silencio e amorteço
Atravesso o avesso do mundo
Chego em lugar nenhum
E tiro um cochilo
A inquietude das palavras trôpegas
Me move adiante aos mistérios sem fim
O universo é só um ponto engasgado na minha garganta
Tenho sede de intensidade
E um sossego interrompido de pressa
A ansiedade é uma hidra
Corta uma cabeça cresce outra
Ligar as constelações que brilham em mim
Tecer um manto de desejos
Pra me encolher nos dias chuvosos
A imaginação é maior que o cosmos
Navego numa jangada o hiper-espaço
Silencio e amorteço
Atravesso o avesso do mundo
Chego em lugar nenhum
E tiro um cochilo
Adentro o espaço da sala
Cheia de caras alheias
Atravesso o fumo
Firmo o olhar em cada aresta
Presto atenção em uma história engraçada
Uma estranha consciência me atravessa
Esqueço minha cara
Só alcanço o outro e meus pés
Sapateio e dou risada
Solto palavras sem controle
Ouço o eco da minha voz e ensurdeço
Reino no vazio que me habita
Nenhuma lágrima escorre de mim
Emburreço
Endureço
Embruteço
Mas o corpo não esquece de dançar
Cheia de caras alheias
Atravesso o fumo
Firmo o olhar em cada aresta
Presto atenção em uma história engraçada
Uma estranha consciência me atravessa
Esqueço minha cara
Só alcanço o outro e meus pés
Sapateio e dou risada
Solto palavras sem controle
Ouço o eco da minha voz e ensurdeço
Reino no vazio que me habita
Nenhuma lágrima escorre de mim
Emburreço
Endureço
Embruteço
Mas o corpo não esquece de dançar
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