Despir-se para a luz do sol
Lábios sobre os lábios da terra
Suor & seiva
Abrir os poros para as carícias das folhas
Deitar e rolar com a relva
Gozar com a polifonia do crepúsculo
Em comunhão com cigarras, grilos e aves
Depois murchar no solo
Deixar-se absorver pelo seu seio fértil
Descansar no calor túmido das rochas
Rebrotar na aurora, mansa e furiosa
Úmida como as lágrimas-orvalhos
Deixar o sol banhar mais uma vez
Seu corpo líquido, seu corpo líquen
Trasmutado em metamorfose verde
Nenhum comentário:
Postar um comentário