Amanhece.
O cheiro de jasmin
roçando as águas do rio
levanta a aurora em mim.
O cheiro de jasmin
roçando as águas do rio
levanta a aurora em mim.
Nasce no limiar da pele um arrepio
que alarga a claridade calma,
ao primeiro sinal dos assobios
rompendo a casca da manhã.
que alarga a claridade calma,
ao primeiro sinal dos assobios
rompendo a casca da manhã.
O mundo me respira, eu viro brisa,
vago crua pelos galhos, traço atalhos,
lanço os dados do dia que desponta.
vago crua pelos galhos, traço atalhos,
lanço os dados do dia que desponta.
Fome e fibra, o corpo voluptuoso da vida
devora os pensamentos arredios,
a carne das palavras cravadas no silêncio.
devora os pensamentos arredios,
a carne das palavras cravadas no silêncio.
O som das crianças me carrega para onde quero ir...
Escuto a infância me chamar na crina da poesia
e desço os vales das primeiras horas
com a leveza do não saber que confia.
Escuto a infância me chamar na crina da poesia
e desço os vales das primeiras horas
com a leveza do não saber que confia.