Encostada na encosta de pedra,
O olhar verdejante de estrelas...
O resto de fogo
que aquece a nudez da alma;
O rastro de fogo
que corre veloz no espaço...
O que é? Este universo?
O que sou?
Caibo em algum verso?
Ou sou incógnita?
Magnitude?
Circunferência?
Queimo mapas.
Pele de lagarto,
Vivo de deserto.
Escassa é a fonte do Intelecto,
Melhor seria render-se ao Vazio
Que me cerca.
Me encharca.
Me abraça.
Me escapa...
Graciosa escarpa
Onde estou a deitar.
Coluna vertebral.
Útero da Grande Mãe:
Recebe o calor do meu corpo
Escarnecido;
Recebe este murmúrio.
Este sopro de vento.
Fecho os olhos
Em agradecimento:
Venham sonhos,
Me banhar.
Deixo que fluam
Animais e plantas
E o imaginário
de homens e mulheres...
Senda da noite,
Fronteira de luz
Que me protege o sono
Com manto sereno.
Guarda teus seres
Na floresta da origem,
Onde estão os germes
Daquilo que somos...
E do que já seremos.
Pele de lagarto,
Vivo de deserto.
Escassa é a fonte do Intelecto,
Melhor seria render-se ao Vazio
Que me cerca.
Me encharca.
Me abraça.
Me escapa...
Graciosa escarpa
Onde estou a deitar.
Coluna vertebral.
Útero da Grande Mãe:
Recebe o calor do meu corpo
Escarnecido;
Recebe este murmúrio.
Este sopro de vento.
Fecho os olhos
Em agradecimento:
Venham sonhos,
Me banhar.
Deixo que fluam
Animais e plantas
E o imaginário
de homens e mulheres...
Senda da noite,
Fronteira de luz
Que me protege o sono
Com manto sereno.
Guarda teus seres
Na floresta da origem,
Onde estão os germes
Daquilo que somos...
E do que já seremos.